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UAIs Pampulha e São Jorge são certificadas por Distinção no Tratamento da Sepse



As Unidades de Atendimento Integrado dos bairros Pampulha (UAI Pampulha) e São Jorge (UAI São Jorge), administradas pela Missão Sal da Terra junto à Prefeitura Municipal de Uberlândia, são unidades de atendimento certificadas com o Programa Distinção no Tratamento da Sepse, desenvolvido em parceria do Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS) com o Instituto Qualisa de Gestão (IQG). A certificação reconhece as instituições de saúde que demonstram excelência clínica e notável compromisso com o tratamento da sepse, apresentando regularmente resultados adequados, em termos de desfecho clínico.


A sepse é a resposta extrema do corpo a uma infecção, que desencadeia uma reação em todo o corpo. As infecções que levam à sepse geralmente começam no pulmão, trato urinário, pele ou trato gastrointestinal. Sem tratamento oportuno, a sepse pode levar rapidamente a danos nos tecidos, falência de órgãos e morte. No Brasil, é responsável por cerca de 240.000 mortes por ano nas UTIs.


O Programa Distinção no Tratamento da Sepse consiste em padrões de excelência para atendimento a pacientes com sepse, indicadores (centrais e opcionais) e protocolos obrigatórios, baseados nas recomendações da Campanha de Sobrevivência à Sepse. A médica infectologista da Missão Sal da Terra, Eduarda Mendes de Souza, explica as boas práticas adotadas na UAIs Pampulha e São Jorge para evitar o risco da sepse. “Primeiramente, já temos instituído o protocolo, para facilitar o diagnóstico e o tratamento dos quadros de sepse, quando o paciente já recebe o antibiótico necessário, de acordo com o foco da infecção na primeira hora. São realizadas checagens para avaliar diariamente qualquer sinal de infecção nos dispositivos que os pacientes usam, como, por exemplo, sonda vesical de demora, acesso venoso e cateter de diálise. Além disso, todos os dias, discutimos os casos dos pacientes pertinentes com a equipe de infectologia da unidade”, diz.

A Dra. Fernanda Távora Diniz de Melo, infectologista da Missão Sal da Terra lembra que o projeto piloto teve início na UAI São Jorge, com capacitação de toda a equipe assistencial para implantação e seguimento do Protocolo, sendo o mesmo estendido posteriormente à UAI Pampulha. “Atualmente o Protocolo mantém-se implantado nas duas Unidades, com disseminação ampla entre toda a equipe assistencial, a qual é continuamente capacitada para reconhecimento precoce dos sinais de sepse, proporcionando então o manejo e tratamento adequado dos pacientes com suspeita/confirmação de sepse, tais como a coleta dos exames laboratoriais - incluindo amostra de culturas - e administração de antimicrobianos na primeira hora de diagnóstico”, explica.

O gerenciamento do Protocolo Sepse nas duas Unidades é realizado pela equipe do Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Saúde (SCIRAS) que, além de coordenação de processos que visem a prevenção de infecção nos ambientes de saúde, faz a análise dos dados mensalmente em conjunto com o ILAS, com a geração de indicadores, os quais são repassados e discutidos periodicamente com a equipe assistencial, levando-se à construção de propostas de melhorias contínuas no atendimento aos pacientes com suspeita/confirmação de sepse.


De acordo com a Dra. Eduarda, a sepse é responsável por 50% da mortalidade dos pacientes que vão para a UTI. “Temos uma grande satisfação em ter essa qualificação, pois, com ela, temos um melhor direcionamento e assistência para entregar ao paciente um serviço de qualidade. Com isso, diminuímos as chances de uma evolução para sepse grave. Tentamos fazer o diagnóstico e tratamento o mais precocemente possível, pois temos uma possibilidade de um melhor desfecho, com menor taxa de mortalidade e sequelas ao paciente”, afirma.


Eduarda encerra ressaltando que, em breve, outras unidades de atendimento da Missão Sal da Terra receberão a certificação. “Os Centro de Internação Clínico e o Centro de Internação Pediátrico já instituíram o protocolo sepse e a análise mensal dos dados, para procurar gargalos e tentar corrigi-los. Além disso, nessas unidades também é feita a discussão dos casos dos pacientes que estão em uso de antibióticos”, finaliza.


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