A Organização da Sociedade Civil (OSC) Missão Sal da Terra, por meio de seu serviço de Acolhimento Familiar, promoverá, no mês de setembro, o curso de acolhimento familiar, que tem o objetivo de promover neste momento, a captação de pessoas interessadas ao acolhimento de adolescentes. O objetivo do curso é selecionar, capacitar e acompanhar famílias para serem os guardiões legais de um adolescente que precisou ser retirado, de forma temporária de sua família de origem, devido as violações de direitos relacionadas a violência física, sexual e psicológica, e diversas formas de negligências.
No serviço, a família acolhedora recebe o adolescente em sua casa, como se fosse um filho, e tem importantíssimo papel como figura de referência, durante o período em que precisa ser protegida, até que sua situação seja definida pelo Poder Judiciário e seja reinserida em sua família biológica ou encaminhada para adoção. Os vínculos e cuidados da família acolhedora para com esta criança ou adolescente transformam a sua história e quebram um ciclo de violência, além de garantir e defender o direito à convivência familiar e comunitária, como exige o artigo 4º do Estatuto da Criança - ECA.
De acordo com a psicóloga do serviço, Thaís Ferreira Tavares, os adolescentes têm mais dificuldade em conseguir serem acolhidos em família acolhedora. "A idade e as questões próprias da adolescência acabam diminuindo as chances desses jovens de serem acolhidos. Porém, na prática, percebemos o quanto eles precisam, não menos que uma criança, de uma referência e convivência familiar e comunitária", explica a psicóloga.
Para o casal Gláucia Muniz e Maria Angela, participar do programa tem sido um desafio diário e gratificante. "Com a chegada dos jovens fizemos uma nova adequação na família, em questão de horários, rotinas, lazer, etc. E essa adequação foi para melhor. Foi necessário também relembrar os cuidados com as crianças, uma vez que nossos filhos biológicos já são adultos. Então, no geral, tem sido gratificante poder auxiliar, cuidar, zelar e amar a criança, em um momento de grande fragilidade e sofrimento. Fortalecer e preparar a criança para o convívio familiar novamente é uma grande entrega e troca de sentimentos e emoções", conta Gláucia.
Gláucia também explica que a chegada de um adolescente na família aconteceu ao acaso, mas a família aceitou o desafio. "Na verdade, não era o perfil do nosso acolhimento, mas como eram irmãos e um deles se encontra na fase da adolescência, aceitamos o desafio de acolher os três. Todo o processo foi acompanhado pela visita deles com a assistente social, e houve uma grande empatia já de cara", finaliza. Para participar do curso, as famílias precisam seguir os seguintes requisitos: ter idade acima de 21 anos, disposição para a rotina do adolescente, idoneidade moral, compromisso e responsabilidade, apresentar atestado de saúde física e mental, residir em Uberlândia há mais de dois anos e apresentar relatório negativo para antecedentes criminais.
Serviço
O que: Curso para novas Famílias Acolhedoras
Quando: 13,14, 15 - 20 e 21 de setembro
Inscrição: https://bityli.com/iwxC9 ou 34 3226-9317
Valor: Gratuito
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